Na manhã desta quinta-feira (18), a Polícia Civil de Cruz Alta efetivou a prisão preventiva de 02 indivíduos, irmãos, e líderes de organização criminosa com atuação na cidade de Cruz Alta e região. A ação é um desdobramento da Operação Malha Fina que investigou grupo criminoso, chefiado pelos irmãos, com intensa atuação na atividade de tráfico de drogas, e com ligação à facção do Vale dos Sinos.
A investigação identificou um forte esquema de lavagem de dinheiro com a participação de laranjas e empresas ligadas ao ramo de malharia, no Estado de Santa Catarina. Também foram identificadas empresas “fantasmas”, uma delas no Estado de São Paulo, usadas para recebimento dos recursos. Estas empresas recebiam em suas contas valores em dinheiro (oriundos do tráfico) depositados por membros da organização que possuíam essa função específica, tudo sob o comando dos investigados presos hoje. Um destes depósitos, inclusive, foi interceptado pela polícia civil. Na oportunidade, o valor de R$ 145.000,00, em dinheiro, seria depositado por uma conhecida personal trainer da cidade de Cruz Alta.
No decorrer da investigação, foram bloqueados valores em contas bancárias que totalizam mais de R$ 1.000.000,00; foram apreendidos 08 (oito) veículos, dentre eles uma BMW/X1 e uma caminhonete Toyota/Hilux; além de terem sido objeto de sequestro imóveis nas cidades de Indaial/SC, Barra Velha/SC e Cruz Alta/RS.
Uma das lideranças que teve a prisão preventiva decretada, já estava recolhida ao PECA. O indivíduo possui 29 anos e antecedentes policiais por crimes de receptação (2X), porte de arma de fogo, tráfico de drogas (2X), associação para o tráfico (5X) e lavagem de dinheiro. Este mesmo criminoso foi preso na condição de foragido, em novembro de 2019, no Estado de Santa Catarina, usando nome e documentos falsos, e portando U$ 17.500,00 (dezessete mil e quinhentos dólares).
O outro investigado, 36 anos, foi preso na sua residência, na rua Neco Paula, Bairro de Fátima. O indivíduo possui antecedentes policiais por crime de receptação, latrocínio, tráfico de drogas e associação para o tráfico (4X).
Outros 13 (treze) investigados tiveram medidas cautelares diversas da prisão decretadas (tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar, etc.), dentre eles um casal de Santa Catarina, proprietários de duas das empresas utilizadas para a lavagem de dinheiro.
No total foram indiciadas 16 (dezesseis) pessoas por crimes de organização criminosa (3 a 8 anos de prisão) e lavagem de dinheiro (3 a 10 anos de prisão).
Fonte: Jornalismo Grupo Pilau