O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil deflagrou na manhã desta segunda-feira a operação In Limine com o objetivo de reprimir a prática em tese dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações e violação de sigilo funcional, todos contra o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) do Governo do Estado.
Na ação, coordenada pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor), sob comando do delegado Max Otto Ritter. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e outros seis mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Novo Hamburgo. As ordens judiciais tiveram como finalidade o recolhimento de provas relativas aos crimes investigados, bem como impedir que as condutas criminosas continuem sendo praticadas.
A investigação começou em 2019 a partir do recebimento de documentação encaminhada pelo Daer. A autarquia estadual relatou que um ex-funcionário estaria realizando registros de veículos de fretamento e turismo de maneira ilícita no sistema do órgão, autorizando-os a prestar atividade de turismo. O suspeito se valeria inclusive da colaboração de um parente, que é detentor de cargo de direção na estrutura do Daer.
Durante as investigações, os policiais civis identificaram outros envolvidos que, através de influência e prática de corrupção, também fariam os registros indevidos para autorização de prestação de serviços de fretamento, turismo e demais atividades.
Segundo o delegado Max Otto Ritter, a repressão a este tipo de crime é de “grande importância, pois tais regras de controle das atividades servem para a proteção da população em geral, especialmente quanto à qualidade dos veículos que realizam o transporte de pessoas e o fretamento”. Segundo ele, a utilização de “subterfúgios para facilitação de tais apontamentos junto ao Daer, cria vantagem competitiva aos investigados e aos beneficiados por seus atos, que ilicitamente aumentam seus ganhos”.
Fonte: Correio do Povo