Na nota, a Petrobras destacou que o preço do combustível na bomba passará a ser de R$ 2,03 por litro, “referente à mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro”. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores”, informou no documento.
“Assim, os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”, acrescentou a empresa citando que, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, o preço praticado pela Petrobras “corresponde a cerca de um terço do preço nas bombas”.
Vilões da inflação
A gasolina, ao lado da energia elétrica, é um dos vilões da inflação neste ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,96% em julho, acumulado altas de 4,76%, no ano, e de 8,99% em 12 meses até o mês passado.
Os dados do IBGE mostram que a gasolina subiu muito mais do que a inflação oficial e teve um impacto de 0,09 ponto percentual no IPCA de julho. O combustível teve alta de 1,55% no mês passado, acumulado elevação de 27,51%, no ano, e de 39,65%, em 12 meses. Essa alta dos preços da gasolina nas bombas para o consumidor é menor do que o reajuste da gasolina nas refinarias, de 51% no acumulado do ano.
A Medida Provisória que trata da abertura do mercado de etanol deverá ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira.
Fonte: Correio Brasiliense