O ex-vereador de Rio Grande Wilson Batista Duarte, conhecido como Kanelão, foi condenado por empregar uma funcionária fantasma entre 2013 e 2016 em seu gabinete na Câmara de Vereadores. Tanto o ex-parlamentar quanto Ana Lúcia Ávila Perez — que, segundo a justiça, recebia salário mas não cumpria expediente no gabinete da Câmara de Vereadores da cidade — foram condenados em segunda instância por estelionato.
As penas são de um ano e oito meses de prisão para Kanelão e um ano e quatro meses para Ana Lúcia. A decisão, publicada pelo desembargador Nelson Antônio Monteiro Pacheco em 30 de março, possibilita que a pena seja paga com medidas alternativas à detenção, como multa e prestação de serviços à comunidade.
A decisão se baseia em um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que apurou que Kanelão indicou a funcionária fantasma para seu gabinete e assinou os atestados de comparecimento de Ana Lúcia na Câmara de Vereadores sem que ela houvesse cumprido, interna ou externamente, as suas atribuições.
De acordo com o promotor de Justiça José Alexandre da Silva Zachia Alan, Ana Lúcia possuía um salão de beleza em Rio Grande e atendia durante o expediente.
“Ela estava contratada como assessora parlamentar, mas não fazia nada. No curso da investigação, descobrimos que ela passava o expediente inteiro cortando cabelo no seu salão, mas recebia salário da Câmara”, explica o promotor.
Não há provas, no entanto, de que a funcionária fantasma devolvesse parte do valor recebido ao ex-vereador, prática conhecida como “rachadinha“.
Wilson Batista Duarte, conhecido como Kanelão, foi condenado por empregar uma funcionária fantasma entre 2013 e 2016 em seu gabinete na Câmara de Vereadores. Tanto o ex-parlamentar quanto Ana Lúcia Ávila Perez — que, segundo a justiça, recebia salário mas não cumpria expediente no gabinete da Câmara de Vereadores da cidade — foram condenados em segunda instância por estelionato.
As penas são de um ano e oito meses de prisão para Kanelão e um ano e quatro meses para Ana Lúcia. A decisão, publicada pelo desembargador Nelson Antônio Monteiro Pacheco em 30 de março, possibilita que a pena seja paga com medidas alternativas à detenção, como multa e prestação de serviços à comunidade.
Kanelão foi alvo de um pedido de cassação da Câmara de Vereadores de Rio Grande em 2014, quando foi filmado dando declarações racistas. Enquanto os parlamentares discutiam um projeto de lei de cotas em concursos públicos municipais para negros e pardos, Kanelão declarou que “negros já estão quase brancos”.
Um mês depois, no entanto, a Câmara de Rio Grande decidiu arquivar o processo de pedido de cassação contra o vereador.
Fonte: G1