Quatro meses depois do incêndio que atingiu uma comunidade terapêutica em Carazinho, no norte do Estado, as causas das chamas ainda são desconhecidas. O fogo que consumiu o Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos (Cetrat) deixou 11 pessoas mortas no final da noite de 23 de junho.
A Polícia Civil aguarda o resultado de uma perícia complementar, requisitada ao Instituto-Geral de Perícias há cerca de um mês, segundo a delegada Rita de Carli, já que o resultado do primeiro laudo não foi conclusivo e deixou questões em aberto.
— O laudo apresentou algumas dúvidas que, para mim, são fundamentais para concluir a investigação. Por isso, pedi uma nova análise para que esses questionamentos sejam esclarecidos — diz a delegada.
Os detalhes do primeiro laudo não estão sendo divulgados para evitar prejuízos à investigação. Uma outra perícia já havia sido feita no dia do incêndio, apenas para avaliar as condições do local. Ainda conforme a delegada Rita, o IGP não estimou prazo para a entrega dos resultados. GZH pediu uma posição ao IGP mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Das pessoas que perderam a vida durante o incêndio, ainda não foi identificada. Segundo a polícia, ainda não foi possível localizar os familiares da vítima, processo necessário para concluir o reconhecimento do indivíduo.
Das vítimas já identificadas, uma era monitora da clínica, e as demais, pacientes.
Relembre o caso
O incêndio na Cetrat iniciou na noite do dia 23 de junho. O Corpo de Bombeiros levou cerca de uma hora para combater as chamas. Pelo menos 15 pessoas, todos homens, estavam no local.
A maioria das vítimas se encontrava na área dos dormitórios, no segundo piso da instituição. A estrutura acabou cedendo em razão do fogo. Embaixo, funcionava uma oficina para os internos, e, em cima, ficavam os alojamentos.
Os corpos foram encontrados perto das janelas, todas no formato basculante. A parte do centro de tratamento onde ficavam os quartos era de madeira e foi totalmente consumida pelas chamas.
Fonte: GZH