Um idoso de 84 anos procurou a polícia, nesta segunda-feira (23), após identificar diversas transferências e compras que não realizou debitadas em sua conta bancária, o que resultou em um prejuízo de aproximadamente R$ 13 mil. De acordo com a Polícia Civil, ele foi vítima do golpe da falsa atualização cadastral, crime que já teve diversos registros em Porto Alegre.
Com a premissa da necessidade de uma atualização de cadastro nos caixas eletrônicos para evitar o bloqueio do cartão e a cobrança de uma taxa no valor de R$ 89,90, estelionatários oferecem ajuda as possíveis vítimas para realizar o procedimento e aproveitam para furtar os cartões de crédito no momento da falsa operação.
Enquanto a vítima realiza uma transação no caixa eletrônico, o golpista fica na fila, como se fosse utilizá-lo também. Quando a pessoa encerra a operação e se afasta para ir embora, o criminoso se aproxima e entrega um papel, alegando que teria sido emitido pelo caixa após ela sair. Para dar mais veracidade ao golpe, o papel tem o nome do banco e um número de protocolo, além de solicitar a atualização de cadastro mencionada.
— Ele me entregou um papel e logo se ofereceu para me ajudar, disse que havia realizado a atualização há pouco tempo — relata o idoso.
Na sequência, o golpista toma a frente da operação e solicita que a vítima digite a senha do seu cartão, enquanto ele observa. Ao fim da ação, ele retira o cartão do caixa eletrônico e, sem que a vítima perceba, fica com o mesmo e lhe entrega um cartão falso.
O idoso relata que as transações foram realizadas durante o fim de semana, mas que teria utilizado o cartão pela última vez na sexta-feira (20), em um caixa eletrônico que fica dentro de um mercado situado na Avenida Protásio Alves, zona leste da Capital. Para diminuir o prejuízo, ele tenta cancelar as operação junto ao seu banco.
— Tem diversas transferências e compras, até parceladas. Tem uma compra que foi feita online, passaram R$ 5 mil à vista. E tem outra no valor de R$ 3 mil em uma loja de materiais de construção — conta a vítima.
Segundo a polícia, os criminosos têm preferência por aplicar o golpe em idosos, aproveitando-se da dificuldade de alguns em se adaptar às atualizações tecnológicas.
O delegado Rodrigo Bozzetto, responsável pela investigação, orienta sobre ações para evitar cair em golpes bancários. Veja as dicas:
Fonte: GZH
Produção: Lucas de Oliveira