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‘Combinamos de não morrer’, dizem vereadoras de SC ameaçadas de morte

Publicada em 09/02/23 às 11:06h - 66 visualizações

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 (Foto: Divulgação)

Cinco vereadoras de diferentes cidades catarinenses que receberam ameaças de morte participaram, na tarde desta quarta-feira (8), de um ato de solidariedade na Câmara Municipal de Florianópolis. As parlamentares levaram um cartaz com os dizeres: “Eles combinaram de nos matar, nos combinamos de não morrer!”.

As vereadoras ameaçadas foram Carla Ayres (PT), que atua em Florianópolis; Maria Tereza Capra (PT), que teve o mandato cassado em São Miguel do Oeste, Oeste catarinense; Ana Lúcia Martins (PT), que atua em Joinville, Norte do estado; Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma, Sul catarinense; e Marlina Oliveira (PT), que atua em Brusque, no Vale do Itajaí.

“Estamos aqui para tratar da violência política de raça e de gênero que atravessa todas nós”, afirmou Marlina Oliveira.

Ameaças
As vereadoras receberam emails parecidos. Para Ana Lúcia e Marlina, além da ameaça de morte, as ofensas foram racistas. Já para Carla, o conteúdo tinha ofensas lesbofóbicas.

Maria Tereza, que é citada em ambos os e-mails, sofre ameaças de morte desde que denunciou a suspeita de gesto nazista feita durante um ato antidemocrático em novembro. Giovana foi chamada de comunista e recebeu insultos.

“A vitória final virá e iremos matar você”. “Seus dias e os dados [sic] sua família estão contados”, diziam os e-mails. Ana Lúcia Martins (PT) foi a primeira parlamentar a denunciar o e-mail com ofensas racistas e ataques.

A Polícia Civil disse que já ouviu as vítimas e apura a complexidade das ameaças para garantir a segurança das parlamentares.

As mulheres foram ameaçadas após se manifestarem contra a cassação da vereadora Maria Tereza, que perdeu o mandato na madrugada de domingo (5).

Os emails são assinados por Vanirto Conrad (PDT), vice-presidente da Câmara municipal de São Miguel do Oeste. Ele negou que tenha feito ameaças e afirmou que fez um boletim de ocorrência sobre o caso.

“Se esse e-mail porventura existir, só pode ser fruto de invasão de minhas redes sociais ou de alguém que criou um e-mail falso em meu nome para criar um factoide político”, disse Conrad.

No e-mail, o vereador é citado como presidente da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste. No entanto, o político compõe a mesa diretora como vice. Pedetista, Conrad é alvo de um processo de expulsão dentro da própria legenda após a informação de que teria sido apontado pela Polícia Civil catarinense como líder de manifestações golpistas depois das eleições.


Fonte: G1




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